Voce pode até não gostar das letras, da melodia, do som alto. Eu também não gosto, mas Funk é cultura. Explico.

Esse Funk mais contemporâneo é uma expressão social, que reflete o pensamento e a forma de agir de um determinado grupo. Esse e qualquer outro Funk, seja o da década de 70, conhecido por um dos seus principais expoentes, James Brow. Seja o dos anos 2000,o conhecimento científico e filosófico o assim classifica, ´é cultura.

Da mesma forma que outras linguagens artísticas e estéticas como o rap, o rock, o sertanejo e a música erudita são tão cultura como qualquer outra. E mais ainda, não existe cultura superior e inferior, isso é discurso preconceituoso.

O que ocorre é que certos grupos sociais querem prevalecer sobre outro usando do discurso, geralmente de classe, para desqualificar um determinado gênero cultural e artístico.

o Funk é cultura e é arte também.

A proposta de um certo Deputado de enviar um projeto para acabar com Funk é burrice, simplesmente porque não se acaba com uma expressão sociocultural com lei. Trata-se de um projeto eleitoreiro e sem nenhuma base científica e jurídica.

Nesse tipo de embate, o indivíduo deve fazer sua opção, não é uma obrigatoriedade, mas feita, deve ser com base na história de cada um, da família, do lugar de onde vem, etc. O que a ciência social chama de identidade de classe. É aquela história, não se pode arrotar caviar se o rango que se digere é pão com ovo, ok. Então para colaborar com o discurso. Sim! o Funk é cultura e é arte também.

Então! Você sabe qual classe faz parte? Tenha fé e uma excelente semana.