A vereadora Guida Calixto (PT) protocolou Projeto de Lei na Câmara que reconhece na cidade o caráter educacional e formativo da capoeiragem em suas manifestações culturais e esportivas, e institui o ensino da Capoeira nas escolas da rede municipal. A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular, dança e música. De acordo com o PL, para que as aulas sejam ministradas os estabelecimentos de educação básica poderão celebrar parcerias com pessoas físicas, associações, ligas e federações ou outras entidades que representem e congreguem mestres e demais profissionais de capoeira.
“A história da capoeira começa do século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal e a mão de obra escrava africana era utilizada no Brasil. Muitos destes escravos vieram da região de Africana de Angola, também colônia portuguesa, e utilizavam de muitas danças ao som de músicas como expressão cultural.
Ela foi desenvolvida no Brasil principalmente por estes descendentes de escravos como esperança de liberdade e de sobrevivência, uma ferramenta para que o negro foragido, totalmente desequipado, pudesse sobreviver fora dos quilombos.
Nos dias atuais, a capoeira é uma modalidade desportiva que favorece os aspectos pedagógicos do ensino, pela sua articulação com a realidade histórico-social brasileira”, defende Guida.
De acordo com o projeto, que para se tornar lei precisa ser aprovado em Plenário em duas votações (legalidade e mérito) e sancionado pelo prefeito, o ensino da capoeira deverá ser integrado à proposta pedagógica da escola de forma a promover o desenvolvimento social, psicoemocional e físico dos alunos. “Através das brincadeiras presentes no ensino da Capoeira para crianças e jovens, se favorece a coordenação motora, o campo visual, a criatividade, a autoestima e a automatização de movimentos. Além disso, ela educa as crianças na administração do tempo e espaço dentro de um movimento. O resultado é uma criança e jovem mais desinibido e com mais segurança”, conclui a parlamentar.
Texto e foto: Diretoria de Comunicação Institucional da CMC