Ninguém leva a cultura para ninguém, o que ocorre são trocas, partilhas de saberes costumes e hábitos, e dessa forma a cultura vive e (re)existe.

O programa Cultura Viva foi pensado a partir, e sobretudo das culturas tradicionais, populares e contemporâneas que pulsam sobre nosso território. E são muitas e com uma pluralidade extraordinária. A gestão cultural, enquanto uma atividade de organização para o auxílio e fomento também é cultura, e é ressignificado no bojo desse reconhecimento institucional.

A gestão como uma prática cultural se aprimora a partir das perspectivas dessas culturas que forjou o programa cultura viva, e que se converteu numa política de Estado ignorada e ameaçada pela gestão governamental que ocupou o Planalto nos últimos anos.

Nesse sentido e com a missão de contribuir com o resgate das políticas públicas desmontadas, retomar as ferramentas para o avanço do protagonismo dos fazedores culturais passa urgentemente pela educação e pela assertiva da linguagem. Fazedores culturais, tradicionais, populares e contemporâneos devem ficar vigilantes a esse recurso como forma de (re) conquistar os espaços. E os gestores devem ficar em sintonia com os fazedores na tarefa da (re)construção das políticas de direitos culturais e humanos.

DE MODO QUE REPETIR, AINDA QUE AUTOMATICAMENTE A EXPRESSÃO, “VAMOS LEVAR A CULTURA PARA AS PESSOAS QUE NÃO TEM ACESSO”. ESSA EXPRESSÃO É A REVELAÇÃO CABAL DO REACIONARISMO QUE TEM SIDO REPETIDO POR GESTORES PÚBLICOS DESATENTOS.

Vá lá, ouvir isso de setores do liberalismo conservador-reacionário é compreensível. Agora ler e ouvir do progressismo científico é preocupante. Gestores em políticas públicas culturais devem convergir e confluir com aqueles que preservam a cultura das mais diferentes formas

Ninguém leva a cultura para lugar nenhum a cultura é inerente ao lugar. Ela é estática e móvel ao mesmo tempo. Ele tem sua origem na atmosfera, na demanda por costumes para sobrevivência e supravivência como propõe Luiz Rufino, o pedagogo das encruzilhdas. A cultura é um axioma, um provérbio e o verbo.

De acordo com estudiosos são mais de cem definições para aquilo que conhecemos e significamos o que é cultura. Para esse assunto, a verdade é plural, não existe monopólio nesse quesito. Por isso, compreendê-la intimamente é tarefa capital para quem tem a representatividade e a legitimidade de promover o fomento e financiamento através de políticas públicas.

Aos cidadãos desobrigados com formulações e elaborações, a missão árdua é a da preservação da cultura por meio da alegria do fazer e do ser. Essa dimensão da cultura é a única que permanece intacta entra as comunidades tradicionais e populares. Nesses espaços, agradecer todos os dias ao território que se assenta prosperidade e descanso constitui numa obrigação diária. Asé.

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