Crônicas poéticas e decoloniais por Oluandeji
Eu sou dono do meu destino
E não há rio bravio
Que eu não possa atravessar
Nem o sol forte e a areia do deserto
Vai me impedir de achar um alívio
Um oásis para meu corpo se refrescar
Se for preciso caminharei pelo frio da madrugada
Não há quem possa me parar
Sou força motriz de mim mesmo. Não tenho medo da chuva
Nem de me embrenhar na mata escura
Se necessário farei mil vezes
Recuar só para pegar impulso
Se cair eu me levanto. Quebro pedra e avanço
Desistir é admitir meu fracasso
Então olho para o horizonte, e me ponho em movimento
Passos largos e sorriso no rosto
Em frente por um objetivo
Nem o ódio destrutivo dos meus inimigos
Irão tirar de mim os sonhos que com fé e luta irei conquistar
Sou capitão de mim mesmo
Me visto de mariwo
Trago dois facões
Que irão abrir os nossos caminhos
Para chegar de mansinho
Em meio a uma filarmônica de berimbaus
E poder dizer confiante
Que muita coisa tentou me parar
Sou dono do meu destino
E não desisto,
Porque aprendi a lutar
Poeta, capoeira, angoleiro, é do candomblé. Na política é de esquerda.