Por Patrícia Cassese/

Embora seja uma cantora de magnitude incontestável, poucos eventos lembram a data redonda alusiva à mineira

Na seara da música, o ano de 2022 tem sido recheado pelo marco dos 80 anos de nascimento de vários ícones da MPB – basta citar Nara Leão, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Em outubro, o time será engrossado por Milton Nascimento, e, em novembro, por Paulinho da Viola. Mas neste 12 de agosto, os holofotes se deslocam para a mineira Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, ou simplesmente Clara Nunes.

Nascida em Paraopeba, cidade situada a 100 Km de Belo Horizonte, e onde viveu até os 15 anos, Clara começou a galgar os degraus da fama ainda na capital mineira, abrilhantando a programação de emissoras como a rádio Inconfidência e a TV Itacolomi. Incentivada pelo namorado Aurino Araújo (irmão do cantor Eduardo Araújo), se mudou para o Rio de Janeiro em 1965, e, a partir daí, sua voz ecoou não só pelo Brasil, do Oiapoque ao Chuí, como em vários países do mundo, caso de Angola.

Na verdade, mesmo com seu desaparecimento – faleceu em 5 de março de 1983, após passar 28 dias em uma UTI, em decorrência de uma parada cardíaca ocorrida em meio a uma cirurgia de varizes, e provocada por um choque anafilático –, continua ecoando, com potência e brilho.

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