Por Dindara Ribeiro/
Aprovada na Bahia, Lei Moa do Katendê é comemorada por capoeiristas. Conhecido pela sua arte política, Moa do Katendê faz parte do fortalecimento da capoeira na Bahia, no Brasil e mundo afora e seu ativismo está enraizado nos batuques e sons que reverberam nos berimbaus até os dias atuais.
Conhecido pela sua arte política, Moa do Katendê faz parte do fortalecimento da capoeira na Bahia, no Brasil e mundo afora. O seu ativismo está enraizado nos batuques e sons que reverberam nos berimbaus até os dias atuais. Mestre Moa sabia que a sua voz era semente e que a luta traria bons frutos. Sua morte precoce, em 2018, anunciava o desastroso cenário político que se aproximava no Brasil.
O mestre foi morto com 12 facadas após uma discussão com um eleitor de Bolsonaro. O criminoso foi condenado a 22 anos de prisão. Mas, para a família de Moa, a sentença maior que fica é a saudade de um dos maiores difusores da capoeira como instrumento de luta contra o racismo e opressões religiosas.
O legado de Moa na capoeira se transformou em um Projeto de Lei estadual, de número 23.281/2019, que foi aprovado na quarta-feira (7) pela Assembleia Legislativa da Bahia.
O texto tramitava na Casa Legislativa desde 2019 e dentre as propostas estão: reconhecimento da capoeira como atividade educativa, cultural e de esporte de participação; salvaguardar e incentivar a roda e o ofício dos mestres tradicionais da capoeira através de medidas de apoio para formação e intercâmbio nacionais e internacionais do profissionais; incentivo à inclusão do ensino da capoeira no currículo escolar; apoio a pesquisas, estudos, mapeamento e difusão de conhecimento; apoio para realização de eventos; apoio para produção e divulgação de materiais literários e audiovisuais; entre outros.
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Texto: Dindara Ribeiro | Edição: Lenne Ferreira | Foto: Divulgação/Samba do Sol/Studio Vikings.