E se levanta
O movimento do povo
Que pensante
Grita nos auto falantes
Mesmos com muitas variantes
Que a arte e cultura
Vai quebrar o alicerce
Para prover em acessos
A todo povo
Independente de cor e de credo
Acessibilidade ao conhecimento
Nas brumas leves
Da metamorfose
Faroestes de caboclos
Paulo Freire herói do povo
Assiste da onde estiver
O berimbau em comunhão do violão
E o pandeiro arteiro
Tirando sorrisos
Eliminando tristezas
E o povo reunido
Formando os elos
Da corrente que não nos amarra
Mas nos une
Pela caminhada ao horizonte
Há flores, há comida, a parcerias
Todo mundo é importante
Batam palmas minha gente
Ao acesso que antes negado
Nos traz hoje um legado
Onde a música e o teatro
Transforma a alma
A tristeza vai embora
Para crescer a felicidade
A alegria de viver os dias
Que antes acinzentados
Não nos permitiam sorrir
Oluandei Diá Ngola
Poeta, capoeira, angoleiro, é do candomblé. Na política é de esquerda.