Memória longa

Licença aos mais velhos, licença aos mais novos. Bozo e Mourão encarnam a negação de tudo que é lógico na gravidade, conseguem encarnar seguidores retos como uma porta, e domesticá-los como um ruminante.

Presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão exibem uma bandeira nacional durante discurso no parlatório do Palácio do Planalto. Foto EBC

Quando os dois principais chefes de Estado, Presidente e Vice, numa sintonia melanejo, chancelam a negação de racismo no Brasil, o desdobramento não poderia ser pior. Violência, abuso de todo o tipo e por último, a tragédia.

Não é de hoje que a dupla, Bolsonaro-Mourão negam o racismo no país, quando não muito, agem de forma racista.  O mito, muito antes de eleito chefe da nação, já extraia aplausos de seus iguais, ironicamente no Clube Hebraica no Rio de Janeiro.

Disse o Messias Bolsonaro para uma plateia de brancos endinheirados: Negros quilombolas não servem para nada, nem para procriarem servem mais”. Segue o mito, “o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas”.

Existem outros mimimis disponíveis na rede. Esse episódio no clube hebraica lhe rendeu uma sentença de 50 mil reais proferida pela Justiça Federal. Podemos até conjecturar de que modo e com que dinheiro o mito dos bundas brancas pôde pagar a sentença. Queiróz que o diga.

Mourão por outro lado, como é sabido, mais empolado e intelectualizado que o capitão, também antes da eleição disparou seu verbete de cunho racista. Foi no desembarque do aeroporto, segundo o General, referiu-se ao neto como a representação do branqueamento da raça. Disse o sucessor de Caxias: “…meu neto é um cara bonito, viu ali. Branqueameno da raça” afirmou as gargalhadas”.

Como se vê, não é só de Bolsonaro que se alimenta boa parte da mídia. Mourão boca de trovão rasga o céu com impropérios dos mais absurdos a ponto até da imprensa chapa branca se indignar.

De todo modo seguimos vigilantes. Saravá meus camaradas.

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