Por trás de uma escolha existe uma história de determinação, dedicação, busca pelo conhecimento, estudo contínuo, de aplicação nos treinos e, principalmente, a valorização aos grandes mestres.
O que realmente faz o capoeirista acreditar e praticar a capoeira é a motivação, que é de caráter pessoal. Ela é sempre questionada, podendo haver maior ou menor aplicação, mas sempre é redescoberta através do envolvimento do capoeirista pela modalidade, pois quando ele está envolvido consegue obter energia para se dedicar e, assim, aperfeiçoar seus conhecimentos, adquirindo e melhorando as suas habilidades pessoais, obtendo a aceitação dos companheiros e o reconhecimento interno e externo do grupo.
A decisão de se tornar um capoeirista nunca é e nem será de natureza puramente racional. A capoeira não é um estágio de vida, ela é um envolvimento na vida.
E para se tornar um mestre de capoeira não é preciso planejar, mas é necessário, envolver-se e doar-se, se entregando ao sentimento de carinho e respeito para com a capoeira e toda a sociedade capoeirista.
Ser capoeirista é procurar ter emoções profundas com frequência, pois elas dão liberdade de poder expressar os sentimentos que são capazes de realizar as ações que geram alegria, brilho e amor. É assegurar a cultura, a tradição e transformá-las em um bem comum, envolvendo a sociedade através de atitudes positivas, possibilitando que um número cada vez maior de pessoas descubra e pratique a alegria de jogar capoeira.
Foto: Juliana Vitorino
Mestre Biro – Capoeira e Escritor
Autor dos livros, Capoeira, cultura que educa, o Carroceiro e a Irmandade