Vadiagem e mandinga

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Até para acordar o dia

É preciso de mandinga

Joga água faz a reza

É encanto e magia

 

Sopra pemba vira folha

Solta a primeira cantiga

No envergar do berimbau

Acende a vela, afina o pandeiro

 

Este é o movimento do mandingueiro

Chega a rezar o ngoma

Depois se alonga

Para soltar a musculatura

 

Já passa da alvorada

E ao som das maritacas

Põem o gunga para chamar

Todos que forem camaradas

 

Capoeiras da beira estradas

E outros que virão a escutar

Hoje é dia de ousadia

Vai ter vadiagem em casa

 

Samba de roda com dendê

Vai ter Jongo e mukulele

E orquestra de berimbau


Oluandei Diá Ngola

Poeta, capoeira, angoleiro, é do candomblé. Na política é de esquerda.

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