Não é de agora o gingado de Pardim na cultura e na arte. Vem ainda quando criança ao ser atravessado pelas composições, ou melhor pela poesia como um divisor de águas e de mágoas como se refere ao lembrar da intervenção da professora na escola.

Podemos interpretar convenientemente se tratar das primeiras pernadas do capoeira Pardim, açodado desde cedo pelo conflito das idéias e das palavras. Características típicas de um mandingueiro no pé da roda da capoeiragem da vida.

Poeta e escritor, gestor público graduado e pós graduado, consultor em gestão e políticas culturais Marco faz parte de um seleto universo de gestores e fazedores culturais que se destacaram num período muito fértil da cultura brasileira.

Conhecedor profundo do círculo que compõe as políticas culturais, Pardim atuou como produtor cultural, foi ex-secretário de Cultura do município de Salto, ex-diretor de Cultura da cidade de Campo Limpo Paulista, além de integrar o coletivo de gestores culturais intermunicipais do interior paulista.

“A exemplo de Célio Turino, Mãe Isabel, Mãe Eleonora, Mãe Beth de Oxum, Alessandra Ribeiro, Mestre Lua e tantos outros ponteiros e gestores culturais Brasil afora, Marco integra esse Patrimônio Cultural de gente boa que se constituiu com o surgimento do então programa Cultura Viva. …Viva a Cultura”

São 37 anos de trabalho no segmento cultural. Além de testemunha in loco das transformações político-culturais do país desde a redemocratização. Pardim narra com conhecimento de causa os fundamentos teóricos e econômicos que nortearam a condução de cada política cultural desde a Lei Sarney até chegarmos na Lei Aldir Blanc. Diferente do que ouve e se lê a respeito de fomento e financiamento cultural nas redes sociais, Pardim domina os marcos legais que tem a trancos e barrancos dado sobrevida aos diversos setores culturais artísticos no Brasil.

Nesse papoeira Marco contextualiza e posiciona a política cultural brasileira no momento. Um papo que na verdade serve como uma aula, um seminário instrutivo àqueles que tem sede e disposição de se manter nas trincheiras e nas rodas da cultura. Ao mesmo tempo em que avalia as perspectivas para os próximos anos, enfatiza a indignação quanto ao tratamento dado pelo governo federal a artistas, fazedores e gestores culturais. “Não somos bandidos” vocifera o poeta ponteiro e capoeira desse universo que é a Cultura Viva.

Abaixo um pouco dos fundamentos assentados de Mestre Pardim na roda da capoeiragem do Capoeira.Net

 

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