A Loucura nossa de cada dia

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Hospícios espalhados pelo Brasil

Comunidades terapêuticas

E a garantia dos direitos humanos

Se rasga quando cordas amarram

Quando tratamento vira cela

E o trabalho fica escravo

O usuário adoece

E a reza nunca acaba

A alma oprimida se entristece

Choques, tapas e confinamento

E o medo da morte

As vezes a família nem sabe

Há quem ostente o conservadorismo

Em tratar com tranca dura

E pôr a hipocrisia da sociedade

Embaixo do tapete


E quando vem o grito da liberdade

Políticas públicas de verdade

Ouvindo o usuário

Se trava uma luta no estado


Uns preferem camisa de força e gente amarrada

Outros conduzem terapias individualizadas

Trabalhando com literatura e poesia

Capoeira e auto estima

Musicalidade traz a alegria que faltava

E o dano se reduz

Humaniza o cidadão e as comunidade na contra mão

Visualizam seus ganhos

Quando trancam os seres humanos

Como hospícios na ditadura

Eu prefiro sem violência

Dar atenção nas escutas

Proporcionar os pensamentos

Garantir no máximo os desejos

E tratar o outro alguém

Como se fosse a si mesmo


Poeta, capoeira, angoleiro, é do candomblé. Na política é de esquerda

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